Quatro anos depois, assassinos de vereador Luiz Ferreira ainda não foram julgados

Quatro anos depois, completados nesta quinta-feira (3), ainda não foi encerrado o caso do execução do médico Luiz Ferreira, vereador do PPS de Anadia, atingido por uma rajada com 13 tiros, em 3 de setembro de 2011, no povoado da Tapera, quando retornava ao município seu carro. Segundo a policia, assassinato foi a mando da prefeita Sânia Tereza (PT), cujas malfeitorias ele denuncia fraquentemente.

Sânia está sob monitoramento com tornozeleira eletrônica, que a impede de se afastar dos limites do condomínio onde mora, no bairro de Jacarecica, exceto para comparecer à Vara de Execuções Penais.

O Ministério Público de Alagoas denunciou Sânia Tereza por homicídio e formação de quadrilha. Seu marido, Alessander Leal, também foi acusado como mandante do crime.

Emboscada

Luiz Ferreira de Souza, foi vítima de uma emboscada. Em dia 12 de setembro do mesmo ano, Sânia Tereza foi presa pela Polícia Civil, junto com o marido e um policial militar e apresentados como os responsáveis pelo crime.

A polícia concluiu que o vereador foi morto em razão do seu trabalho na oposição à gestao da prefeita.  Sânia e o marido, Alessander Leal, foram apontados como os autores intelectuais do crime.

Na época, a Polícia Civil divulgou fotos de todos os acusados e um organograma da quadrilha, dividido em dois núcleos: Arapiraca e São Miguel dos Campos

“Problemas psiquiátricos”

Quando estava recolhida ao Presídio Santa Luzia, a ex-prefeita se queixou de supostos problemas psiquiátricos, o que levou a Justiça a conceder-lhe liberdade monitorada eletronicamente.

Ao denunciá-la, o procurador-geral de Justiça, Sérgio Jucá, tomou como base as investigações de uma comissão de delegados. A quebra de sigilo telefônico identificou intensa troca de ligações da quadrilha nos dias que antecederam o assassinato.

O vereador assassinado era um dos principais articuladores da votação, na Câmara Municipal de Anadia, que poderia afastar Sânia Tereza do cargo de prefeita.

Além de responder por esse crime, a ex-prefeita também é acusada de improbidade administrativa e corrupção em 11 órgãos federais e estaduais. À época do crime, ela era investigada por gastar sem licitação R$ 7 milhões da verba para merenda escolar.