Prefeito preso na véspera do Natal é denunciado pelo MP em Alagoas
MP: Erivaldo Mandu pagou propina mensal de R$7 mil a vereadores
Preso desde a véspera do Natal sob a acusação de que paga R$ 7 mil mensais em propina para vereadores de seu município, o prefeito de Mata Grande (AL), Erivaldo de Melo Lima, o “Erivaldo Mandu”, foi denunciado, nessa quarta-feira (27), pelo Ministério Público Estadual de Alagoas (MP/AL), por crimes contra a administração pública. Além do prefeito, também foram denunciados os vereadores Diana Gomes Brandão Malta (também secretária de Governo), Joseval Antônio da Costa, Teomar Gomes Brandão e Josivânia Cordeiro Freitas de Oliveira.
O MP de Alagoas pediu a condenação dos denunciados por crimes de corrupção, bem como a perda dos cargos do prefeito e dos vereadores. E ainda solicitou, ao Poder Judiciário, que realize nova oitiva do colaborador premiado e perícia no vídeo entregue, a fim de verificar se houve montagem, além da realização do interrogatório dos acusados.
A denúncia foi ajuizada pelo chefe do MP de Alagoas, Alfredo Gaspar de Mendonça Neto, em função do foro por prerrogativa de função de que goza o denunciado Erivaldo de Melo Lima. Segundo o procurador-geral de justiça, as provas acostadas aos autos são suficientes para mostrar que o prefeito de Mata Grande praticou o crime de corrupção.
“Era um verdadeiro ‘mensalinho mata-grandense’. O teratológico ilícito destinava-se a manutenção de apoio político, evitar a fiscalização dos atos do prefeito pela Câmara de Vereadores, bem como a aprovação dos projetos por ele enviados”, afirmou Alfredo Gaspar.
Segundo a denúncia, a dinâmica do crime ocorria da seguinte forma: utilizando-se de interposta pessoa (o nome será mantido em sigilo porque ela aceitou fazer uma colaboração premiada), o prefeito pagava mensalmente a importância de R$ 7 mil, fato ocorrido durante três meses do 1º semestre deste ano, para cada um dos três vereadores e a secretária de governo, ora denunciados, em espécie, totalizando sempre R$ 28 mil por mês, conforme vídeo e documentos anexados como provas.
O prefeito permanece preso desde o último dia 24, a pedido do Ministério Público. (Com informações do MP de Alagoas)