PF investiga ex-deputado por desvios de R$ 30 milhões em remédios na Paraíba

André Amaral Filho é suspeito de trocar emendas parlamentares por propina, em Cabedelo (PB)

A Polícia Federal cumpre oito mandados de busca e apreensão na manhã desta terça-feira (8), na Paraíba, na 5ª fase da Operação Xeque-Mate, que investiga uma organização criminosa que desviou R$ 30 milhões de recursos federais destinados à compra de medicamentos pela Prefeitura de Cabedelo, na região metropolitana de João Pessoa (PB). Entre os alvos dos mandados estão o ex-deputado federal André Amaral Filho (PROS-PB) e em empresas contratadas pela prefeitura.

A operação tenta obter provas de que o ex-deputado federal André Amaral teria destinado emendas parlamentares para Cabedelo em troca de propina.

Outro local alvo dos mandados da Polícia Federal é a Secretaria de Administração do Estado. E a empresa Almed, distribuidora de medicamentos suspeita de fraudar licitações em pelo menos seis prefeituras da Paraíba: Mamanguape, Gurinhem, Pedra Lavrada, Conceição, Itaporanga e São Vicente do Seridó.

As medidas judiciais expedidas pela 16ª Vara da Justiça Federal da Seção Judiciária da Paraíba investigam suspeitos de crimes de formação de organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e fraude licitatória, cujas penas, somadas, poderão chegar a mais de 30 anos de prisão.

Também são alvos dos mandados de busca as residências de Reuben Cavalcante, Vina Lúcia Ribeiro, Antônio Callou de Alencar Sobrinho, José Adênio Melo Alencar.

A primeira fase da Operação Xeque-Mate cumpriu 11 mandados de prisão preventiva, em abril de 2018, quando foram presos o prefeito de Cabedelo, Leto Viana (PRP), e cinco vereadores. Além disso, a Justiça determinou o afastamento cautelar do cargo de 85 servidores públicos, incluindo o prefeito e o vice-prefeito de Cabedelo, e o presidente da Câmara Municipal.

O advogado da empresa Almed, Luciano Alencar, informou ao G1 que a empresa vai tomar ciência dos autos e colaborar com a Justiça.

O Diário do Poder não conseguiu contato com o ex-deputado federal, nem com os outros investigados. (Com informações da Agência Brasil e do G1)