PF combate esquema que sangrou R$ 4,5 milhões e fraudou licitações em Alagoas

A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã de hoje (05) a fase ostensiva da Operação Narandiba com o objetivo de desarticular grupo criminoso responsável por lavagem de dinheiro e fraude licitatória nos municípios do Pilar (AL) e São Luís do Quitunde (AL). Segundo a PF, servidores públicos alvos da investigação movimentaram R$ 4,5 milhões.

Durante os trabalhos de investigação, foi identificado que servidores públicos utilizados como laranjas teriam movimentado o volume milionário de dinheiro sem origem conhecida e efetuado saques na boca do caixa de valores da Prefeitura de Pilar, contrariando os artigos 44, do Decreto nº 93.872/86, 74, §2º, do Decreto-Lei nº 200/67 e 58 a 63, da Lei nº 4320/64, que versam sobre as etapas de empenho e liquidação de despesas públicas.

Em outra vertente, detectou-se suposto conluio para burlar certame licitatório em São Luís do Quitunde.

Estão sendo cumpridos 18 Mandados de Busca e Apreensão nas cidades de Maceió (AL), Rio Largo (AL), Pilar (AL) e São Luís do Quitunde (AL), bem como medidas cautelares de suspensão do contrato e afastamento dos servidores envolvidos.

O trabalho policial conta com a participação de 80 policiais federais, e o termo “NARANDIBA” significa laranjal.

Foram apreendidos computadores, celulares e quantias consideráveis de dinheiro, em reais e dólares. E as apreensões decorrentes desta operação serão devidamente formuladas e juntadas ao Inquérito Policial que está em andamento na Polícia Federal em Alagoas.

Operação Narandiba em Alagoas apreendeu dinheiro e celulares. Foto: Comunicação da PF em Alagoas

A PF não divulgou em qual período de tempo os fatos investigados ocorreram, nos municípios hoje administrados pelos prefeitos Renato Rezende Rocha Filho, o Renato Filho (PV), do Pilar; e Fernanda Cavalcante (MDB), de São Luís do Quitunde.

Mas o prefeito Renato Filho divulgou através de nota que a Operação Narandiba cumpre mandados referentes aos servidores públicos da gestão passada, do ex-prefeito Oziel Barros (PTdoB), do qual foi vice e o sucedeu após renúncia em 2012. “O prefeito de Pilar reforça que os servidores públicos alvos da operação não tem ligação com a gestão atual”, finaliza a nota.

O Diário do Poder não conseguiu contato com os demais envolvidos na operação, que não foram identificados pela PF. (Com informações da Comunicação da PF em Alagoas)