PF apura fraudes no pagamento de indenização por tragédia em Mariana

Investigações apontam que suspeitos obtiveram licenças falsas de pescador para receber as indenizações

A Polícia Federal investiga uma suposta fraude no pagamento de indenizações a vítimas da tragédia em Mariana, Minas Gerais. Segundo as investigações, suspeitos obtiveram lincenças falsas para receber os valores pagos pela Fundação Renova, criada para esse fim.

Ao todo 100 pessoas teriam recebido os pagamentos de maneira irregular ao se passarem por pescadores, que teriam sido afetados pela tragédia. Os prejuízos somam R$ 7 milhões em indenizações e auxílios financeiros.

Em 2015, uma barragem da Samarco, subsidiária da mineradora Vale, rompeu e um mar de lama atingiu o Rio Doce, principal fonte de atividade econômica de pescadores de municípios do Espírito Santo.

De acordo com as investigações, documentos públicos falsos eram inseridos no sistema de informação do governo federal. Protocolos com pedidos de licença foram datados de setembro a outubro de 2015 para que as falsas indenizações fossem concedidas. A falsificação dos documentos permitia ainda o recebimento de benefícios do INSS.

Os agentes cumprem 24 mandados de busca e apreensão no Espírito Santo e no Distrito Federal, no âmbito da Operação Meandros, deflagrada na manhã desta terça (26). São alvos um escritório de advocacia em Vila Velha e o escritório Federal de Aquicultura e Pesca, apontado com responsável pela validade dos protocolos falsos e produção de ofícios e outros documentos oficiais.