Pai de ex-ministro foi sepultado em Maceió, cercado por lideranças, familiares e amigos

Líder de clã político em Alagoas deixa deputado federal Marx Beltrão como sucessor de seu legado

Após quase dois anos de luta contra o câncer, o ex-deputado estadual João Beltrão (PSD-AL) faleceu no sábado (21) e foi sepultado neste domingo (21), cercado por lideranças políticas, amigos e familiares, no cemitério Nossa Senhora da Piedade, bairro do Prado, em Maceió (AL).

Líder de um dos maiores clãs políticos de Alagoas, João Beltrão exerceu seis mandatos consecutivos na Assembleia Legislativa de Alagoas. E fez de seu filho, Marx Beltrão (PSD-AL), um sucessor de dimensão política ainda maior, a ponto de liderar hoje a bancada federal de Alagoas no Congresso Nacional, e de ter sido ministro do Turismo do governo de Michel Temer (MDB).

João Beltrão morreu aos 64 anos, na Santa Casa de Misericórdia de Maceió, onde estava internado para tratamento de um câncer de próstata. O político que ainda sofria de diabetes teve seu velório realizado em Coruripe (AL), sua terra natal e reduto político no Litoral Sul de Alagoas.

Os familiares não falaram com a imprensa, mas no momento do sepultamento, o filho Marx Beltrão despediu-de  dizendo: “Esse é o nosso velho. Esse é de Coruripe”. Já no sábado, pelas redes sociais, o deputado federal falou sobre sua emoção e gratidão pelo carinho recebido. E explicou que o sepultamento de João Beltrão na capital alagoana era um desejo do político de ser enterrado junto aos pais. “Peço a todos suas mais sinceras orações! Pai abençoado, que saudade!”, escreveu Marx.

Veja outra mensagem deixada por Marx Beltrão nas redes sociais:

 

João Beltrão foi réu em dois casos de pistolagem, na Justiça de Alagoas. E foi inocentado de um terceiro caso, por decisão do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), em outubro de 2017. Em novembro de 2016, João Beltrão foi condenado a ressarcir R$ 213 mil aos cofres públicos, por ato de improbidade administrativa apurado no inquérito da Operação Taturana, deflagrada pela Polícia Federal há 12 anos.