Operação da PF prende grupo de extermínio em Alagoas
Entre os presos na Operação Tombstone está um capitão da PM
A pretexto de “reduzir a criminalidade” na cidade, a quadrilha executava criminosos e também eventuais testemunhas, e segundo a PF ainda diversificou sua atuação com tráfico de drogas, roubo e comércio de armas e munições.
No início do mês, a Operação Tombstone prendeu 12 suspeitos, incluindo dois policiais civis e dois militares – um deles, o policial reformado Antônio Correia da Silva, que reagiu à ordem de prisão e acabou ferido a bala.
A Operação Tombstone, liderada opelo delegado Fábio Maia, investiga 13 assassinatos cometidos entre junho de 2013 e julho de 2014, no Pilar, quando o promotor Jorge Dória denunciou que nos últimos cinco anos 287 assassinatos permaneciam sem solução.
O capitão Paulo Costa estava em liberdade, solto por habeas corpus. Na primeira vez que ele foi preso, em julho, a polícia divulgou escutas telefônicas em que é possível ouvi-lo dando ordem para execuções.
A gravação, de 2014, mostra o capitão, que comandava a 2ª Cia Independente de Pilar, dando ordens a um policial para execute suspeitos em uma casa. “Mas veja bem, se entrar, não tem que sobrar ninguém pra contar história. (…) É. Agora não pode sobrar ninguém. Se tiver… Ninguém. Ninguém. Ninguém”, afirma.
O policial revela medo de se expor. “Vê com o pessoal aí pra ver, né? Porque aí eu não me exponho, né?”, afirma.
E o capitão refirma: “(…) Se você for e o moleque vai também. Mas todos os que 'tiver' lá nessa casa, aí vai todo mundo. Quero nem saber! Menino, mulher, o que for”, diz.
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