Número de trabalhadoras domésticas que são chefes de família aumenta no DF

Índice passou de 36,2% em 2015 para 42,5%, neste ano

A porcentagem de trabalhadoras domésticas que são chefes de família no Distrito Federal. O índice passou de 36,2% em 2015 para 37,7% em 2016; já no ano passado, a taxa alcançou 42,5%. Os dados fazem parte da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED).

Para o supervisor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em Brasília Max Leno, a crise econômica impulsionou os resultados. “Isso acaba demonstrando um pouco da realidade do mercado de trabalho, em que, como muitos dos chefes de família têm perdido seus empregos, as empregadas domésticas têm ocupado esse posto.”

Em 2017, do total de ocupados, 6,5% eram empregados domésticos. As mulheres eram quase metade do total, com 47,3%. Mas elas correspondiam à quase totalidade dos serviços domésticos, representando 94,8% do total.

Segundo a pesquisa, 32,7% das mulheres empregadas domésticas tinham o ensino médio completo e superior incompleto, no ano passado. O índice de ensino fundamental completo e médio incompleto caiu de 23%, em 2016, para 22,2%, em 2017. Já o ensino fundamental incompleto soma R$ 40,8%.

Rendimento e jornada

O rendimento médio por hora trabalhada era R$ 6,79, em 2016. No ano passado, o valor passou para R$ 6,91. A jornada de trabalho semanal permaneceu, entre 2015 e 2017, em 42 horas para mulheres com carteira assinada. Para os casos sem carteira, passou de 93 horas para 38 horas.