No muro, Pacheco diz que não irá ‘antecipar culpa’ sobre Brazão

"Não me cabe fazer juízo de valor sobre as provas. Até porque não as conheço"

O presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse à imprensa que espera que a elucidação da morte da vereadora Marielle Franco seja um marco no combate ao crime organizado no Brasil e represente o rompimento com os ataques à democracia, uma vez que ao ser assassinada, Marielle estava em pleno exercício do mandato. Mas evitou comentar o suposto envolvimento do deputado Domingos Brazão (RJ) no caso, apontado em delação premiada como mandante do crime.

Para Pacheco, comentar o caso é questão que cabe ao Ministério Público, aos advogados de defesa e ao juiz responsável. “Não me cabe fazer juízo de valor sobre as provas. Até porque não as conheço. É muito difícil da minha parte fazer qualquer comentário”, pontuou.

Pacheco acrescentou que o eventual envolvimento de parlamentares em qualquer que seja o caso,  demanda o cumprimento do devido processo legal, incluindo a presunção de inocência.

“Que se deixe as instâncias próprias aferirem responsabilidade e culpa. É algo que nós lamentamos. E é obvio que desejamos que a verdade venha à tona. É evidente que toda situação que envolve parlamentar e o faz protagonista de algo parecido com isso é algo que evidentemente nós lamentamos. Com culpa ou inocência, é importante que a verdade real apareça”, completou.

Mesmo com a insistência da imprensa em fechar questão sobre eventual cassação do deputado, o presidente do Congresso Nacional disse : “não vamos antecipar culpa”.