Marinho diz que Supremo redefiniu uso do foro privilegiado
Líder da oposição no Senado reafirma ‘esperança’ em Lira e Pacheco
O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), voltou a se posicionar contra a ‘postura’ da Suprema Corte em relação aos parlamentares de oposição no Congresso Nacional. Ele ironizou ao dizer que há ‘coincidência’ entre o fato de que os dois parlamentares que recentemente sofreram ‘ação’ por parte do Supremo e da Polícia Federal, Carlos Jordy (PL-RJ) e delegado Ramagem (PL-RJ) são pré-candidatos ao cargo de prefeito em cidades do Rio de Janeiro.
A operação de hoje envolvendo o deputado @delegadoramagem estabelece um padrão de excepcionalidades contra a oposição no Brasil. E reforça a urgência de o Congresso agir para proteger as prerrogativas do Parlamento e reafirmar o nosso compromisso com o reequilíbrio entre os… pic.twitter.com/HmCLEctHpD
— Rogério Marinho🇧🇷 (@rogeriosmarinho) January 25, 2024
O senador afirmou também que o Supremo estabeleceu um padrão e ‘redefiniu’, no caso da investigação contra Ramagem, a aplicação do foro privilegiado, já que enquanto chefe da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), Ramagem não era mandatário. “Desde 2018, o foro só é aplicado na hora em que o deputado é eleito. Há uma clara ultrapassagem do limite constitucional que foi definido pelo próprio Supremo Tribunal Federal”.
Marinho lembrou que segundo declaração do advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, dezoito deputados da ala bolsonarista serão alvo do Supremo nos próximos dias. “Dois já foram. Faltam dezesseis”, disse.
O parlamentar também reafirmou que está em Brasília mesmo antes do início do ano legislativo para combinar com líderes partidários o tom das conversas com os chefes do legislativo, os presidentes Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG). “Precisamos que eles tomem providências no sentido de resguardar as prerrogativas dos parlamentares”, arrematou.