Heleno atribui à ‘absoluta instabilidade’ a execução do presidente do Haiti

Augusto Heleno foi o primeiro comandante das Forças de Paz da ONU no Haiti, em 2004

O assassinato do presidente haitiano Jovenel Moïse é mais um capítulo da “absoluta instabilidade” naquele país, segundo avaliação do general Augusto Heleno, atual ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Heleno foi o primeiro comandante da Força de Paz da ONU no país, em 2004.

Moïse foi morto por homens armados que invadiram sua residência oficial na capital, Porto Príncipe, durante a madrugada desta quarta-feira (7).

Ele tomou posse em 2017 e enfrentava forte oposição há alguns meses, acusado de corrupção e de forçar uma mudança na Constituição para se manter no poder.

De acordo com o general Augusto Heleno, com 8 em cada 10 haitianos sem trabalho, o clima de convulsão social é permanente.

Outro grave problema no Haiti é a violência das 95 gangues armadas que, segundo a ONU, se enfrentam pelo controle de áreas de Porto Príncipe.

Em entrevista à Rádio Bandeirantes, no Jornal Gente, Augusto Heleno ressaltou que a maneira como o país vem enfrentando a pandemia pode ter agravado a instabilidade.

Até agora, os haitianos não começaram a ser vacinados contra a covid e, provavelmente com o incentivo da imprensa local, os protestos se intensificaram.

O ministro Augusto Heleno foi entrevistado no Jornal Gente pelos jornalistas Thays Freitas, Marco Antonio Sabino e Cláudio Humberto.