Haddad quer trocar bolsa-aluguel por locação indicada

Objetivo é acabar com pagamento em dinheiro e evitar fraudes

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), quer acabar com o modelo atual do bolsa-aluguel para tentar acabar com as brechas de fraudes. O auxílio de R$ 400 mensais é concedido para famílias transferidas de áreas de risco ou em processo de reintegração de posse, por exemplo.

Segundo o novo Plano Municipal de Habitação, que será encaminhado à Câmara Municipal após as eleições, há quase 28 mil beneficiários. O documento também ressalta a falta de monitoramento adequado dos auxílios e a quantia elevada de recursos necessários para manter o programa: R$ 150 milhões por ano.

O objetivo é que o pagamento direto, em dinheiro, para bancar a nova moradia deixe de existir gradativamente em seis anos. Em troca, a administração propõe novas formas de atendimento, que incluem aluguel de prédios vazios, invadidos ou em processo de desapropriação e até de unidades de uso compartilhado.

Segundo a proposta, os atendidos não terão mais escolha e terão de aceitar viver nos prédios determinados pela Prefeitura para assegurar a continuidade da ajuda.

Com a medida, a Prefeitura acredita que vai melhorar a ocupação ordenada de prédios abandonados no centro e que haverá pressão para baixo dos valores praticados pelo mercado imobiliário. Isso se os valores pagos pela administração forem aceitos pelos locatários.