GDF quer dialogar com CLDF para aprovação de projetos

Sete parlamentares participaram do anúncio do novo pacote

Sete deputados distritais participaram ontem (15) do anúncio do novo pacote de medidas para reduzir custos e aumentar o caixa do GDF. A intenção do governo é dialogar com a Câmara Legislativa sobre os projetos. O cronograma de pagamento das dívidas com fornecedores, não pagas na gestão passada, será elaborado levando-se em consideração a aprovação das proposições.

Segundo o GDF, a intenção é reduzir a alíquota do ICMS para o etanol de 25% para 19% e fomentar a utilização do combustível renovável e menos poluente. Tal proposta consta no Pacto por Brasília, conjunto de medidas apresentado pelo Executivo local em janeiro, mas acabou retirada da pauta da Câmara Legislativa — assim como alterações em outros tributos— para melhor avaliação de impactos.

A securitização da carteira de créditos é mais uma aposta do governo de Brasília para fazer receita. Se passar pelos parlamentares, o Executivo local poderá vender partes da dívida pública do Distrito Federal, atualmente calculada em cerca de R$ 16 bilhões, para que terceiros efetuem a cobrança. O governo ainda deve propor a venda de ações de empresas, terrenos e imóveis públicos, mas sem abrir mão do controle acionário.

Impostos
Outro projeto a passar pelo crivo dos parlamentares é a mudança na cobrança do Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI). Pelas regras atuais, o contribuinte só pode pagá-lo quando recebe o Habite-se. A ideia agora é que ele tenha a possibilidade de quitar o ITBI na hora de assinar o contrato de compra e venda, livrando-se antecipadamente do tributo, além de poder inclui-lo no valor do financiamento da propriedade. Defasada há mais de oito anos, a Taxa de Limpeza Urbana (TLP) necessita de revisão. Além disso, há intenção de corrigir o imposto das garagens desvinculadas de imóveis.

A presidente da Câmara Legislativa, Celina Leão (PDT), demostrou interesse em acelerar a apreciação das propostas enviadas pelo Executivo e as considerou adequadas: “São projetos que não causam impacto no bolso da sociedade, sobretudo dos mais carentes”, avaliou. “Percebemos que são todos justos e importantes para a arrecadação do caixa local.”

Previdência complementar
O projeto do Executivo que institui um regime de previdência complementar para novos servidores públicos do Distrito Federal também precisa de avaliação dos deputados. O modelo é semelhante ao adotado na iniciativa privada: o funcionário que deseja parar de trabalhar e ganhar mais do que o teto de aposentadoria fixado pelo INSS — de R$ 4.663 — contribui com um percentual para um fundo a ser criado, e o governo faz a complementação. Servidores do quadro terão a opção de aderir ao programa. Procedimento semelhante é adotado no Rio de Janeiro, em São Paulo, em Minas Gerais, no Espírito Santo e na Bahia.

A regulamentação da aposentadoria especial para deficientes físicos é tema de outra proposta. Ela define, como requisitos para pleitear o benefício, que o trabalhador tenha pelo menos 10 anos no serviço público. (Com informações Agência Brasília)