Falta de incentivo, altas taxas e falta de diálogo desanimam empresários

Empresários do DF ameaçam fechar portas e mudar para Goiás

A falta de incentivo e a excessiva carga tributária têm desanimado os empresários, que ameaçam deixar a capital federal. Para o presidente do Sindicondomínios-DF, José Geraldo Pimentel, além disso, o governo do DF tem conversado pouco com os empresários, principalmente do mercado atacadista. “Isso tem feito com que o governo, principalmente de Goiás, abra as portas para receber de braços abertos aqueles empresários que sentem que, economicamente e empresarialmente é viável estar nas imediações ou cidades vizinhas. Lá, a carga tributária é menor, o incentivo do governo é maior e eles conseguem ter uma competitividade no mercado que não conseguem  hoje com a atual crise econômica do DF e, principalmente, crise política”, avaliou.

Pimentel conhece bem a situação, pois, além de presidir o Sindicondomínio, atua como empresário, contador, administrador de empresas e advogado. Ele acredita que o GDF não só está omisso como não tem uma política. “Em breve, o sindicato que compõe o sistema do comércio vai se reunir para buscar grandes temas que poderão fazer com que o governador assuma um compromisso definitivo conosco de apresentar soluções para que a gente possa ter um reaquecimento da economia”, prevê.

Pimentel conta que esteve reunido com o deputado distrital Bispo Renato (PR), que se comprometeu a entrar na briga entre GDF e empresários. “Ele se encarregou a estar junto conosco para que a gente possa fazer com que o governo assuma de vez com o segmento do comércio e serviço o compromisso de aquecer a economia, ou realmente vai ter uma debandada para estados e cidades vizinhas”, desabafou.

Caso as tentativas sejam frustradas, a consequência já está traçada: a debandada para outras regiões. A consequência, na visão de Pimentel, é o comprometimento direto na arrecadação do DF, um número considerável de desemprego, desaquecimento da economia e desgaste político para Rodrigo Rollemberg. “Ele (governador) precisa que alguém mostre e dê a ele números para que possa se convencer de que o governo está inerte e inoperante”, completou.