Entidade alerta que imóveis ficarão 5% mais caros se desoneração não for mantida

Presidente da CBIC, José Carlos Martins diz que o repasse para o valor final dos imóveis seria inevitável

O preço dos imóveis pode subir cerca de 5% se o veto à manutenção da desoneração da folha de pagamento não for derrubado.

A projeção foi feita à Rádio Bandeirantes pelo presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, José Carlos Martins.

Atualmente, com a desoneração, as empresas de 17 setores pagam imposto de até 4,5% sobre o faturamento bruto, mas não sobre a folha de pagamento.

Caso o veto do presidente Jair Bolsonaro seja mantido, elas passariam a ser cobradas em 20% sobre a folha de pagamento, a partir de janeiro.

José Carlos Martins diz que o repasse para o valor final dos imóveis seria inevitável.

Apesar da crise sanitária, o setor tem conseguido manter postos de trabalho e, mais do que isso, gerou novas vagas este ano.

O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção alerta que se o veto não for derrubado pode haver uma substituição do emprego por máquinas.

Mais de 100 mil postos de trabalho foram criados este ano na construção civil, segundo José Carlos Martins.