Empresários apelam ao GDF para continuar funcionando

Documento com as demandas dos participantes será entregue ao GDF

A Frente Parlamentar de Ciências, Tecnologia e Inovação promoveu um debate, nesta terça-feira (24) na Câmara dos Deputados, para tratar da crise que abate o cenário econômico no Distrito Federal.

Dados apresentados pelo Sindicato do Comércio Atacadista do DF (Sindiatacadista) mostram que entre 2008 e 2015, cerca de 500 empresas saíram do DF por causa do fim dos incentivos fiscais. O impacto resultou no fechamento de aproximadamente 100 mil postos de trabalho, além da redução de pelo menos R$500 milhões na arrecadação do ICMS. 

O presidente da Associação Comercial do DF, Cleber Pires está preocupado “nós temos um número assustador de empresas no Distrito Federal que estão encerrando suas atividades. Cerca de 25% das empresas do Plano Piloto estão desativadas. De um total de 10.670 estabelecimentos, 2.489 fechados”, relatou. 

Para o presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana o aumento dos impostos não resolverá os problemas que o DF está enfrentando. Para ele o governo deveria fiscalizar a entrada de produtos no DF, “necessitamos de uma fiscalização ostensiva em toda a nossa fronteira. Hoje, o DF é um convite à sonegação e a evasão fiscal em razão do descontrole da fiscalização”.

Os participantes apontaram o Ministério Público como um dos entraves para o início de novos empreendimentos na cidade. Em relação a isso o procurador-federal da Justiça Leornado Bessa afirmou que o MP não é contra a atividade produtiva, “nossa missão é fiscalizar as leis. Muitas vezes as leis que precisam ser alteradas. A atuação do MP está vinculada à legislação”.

Os participantes  constataram  que há uma concorrência desleal com o comércio ilegal e a fiscalização no DF,  o que tem trazido números desanimadores para os empreendedores que querem dar continuidade ao seu negócio de forma regular, e até mesmo para aqueles que pretendem abrir uma empresa.

Agora um documento com as demandas dos empresários será entregue pelo deputado federal Izalci (PSDB) ao Governo do Distrito Federal.