Empresário fica calado durante sessão na Câmara Legislativa

Presidente da Abrasco estava protegido por um habeas corpus

O empresário Luiz Afonso Assad, presidente da Associação Brasiliense de Construtores (Abrasco) esteve na Câmara Legislativa nesta quinta-feira (27), mas protegido por um habeas corpus, não respondeu a nenhuma pergunta dos distritais, se limitando a confirmar as informações que prestou ao Ministério Público.

Uma ordem judicial determinou que a reunião fosse reservada, que Assad teria o direito de ficar calado e que não poderia ser preso. Este fato que gerou revolta entre os membros da comissão. O relator Lira (PHS) se disse “indignado” com a decisão.

Após a sugestão do deputado Wasny de Roupe (PT), a reunião reservada se tornou um depoimento secreto, com objetivo de evitar vazamento de informações e garantir maior segurança para o informante.

Assad é o empresário citado nos áudios da deputada Liliane Roriz (PTB). Segundo as gravações o empresário foi sondado pelos distritais, mas recusou participar do esquema.

Grampos na CLDF

No dia 19 de agosto, a deputada Distrital Liliane Roriz (PTB), alegando motivo de “foro íntimo” renunciou a vice-presidência da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF).

Horas depois, veio à tona a divulgação dos grampos feitos pela distrital, que revelam um, suposto, esquema de propina na Câmara Legislativa envolvendo integrantes da Mesa Diretora da Casa, Celina Leão (PPS), Bispo Renato (PR), Raimundo Ribeiro (PPS), Júlio César (PRB), além do deputado Cristiano Araújo (PSD) que não integrava a Mesa e o ex-Secretário-Geral da Mesa Diretora, Valério Neves.

Nos áudios os parlamentares tratam do destino da sobra parlamentar de R$ 30 milhões. Inicialmente, a quantia seria utilizada para reforma de escolas públicas, mas com a recusa do empresário do ramo, em pagar propina, o deputados Cristiano Araújo encontrou outra finalidade para o recurso. Um “negócio” das UTIs com empresários da saúde.