Governo Lula nega reajuste a professores federais em 2024 e greve continua

A proposta da gestão reajusta benefícios, mas previa de aumento salarial só viria em 2025

O governo rejeitou a demanda por reajuste salarial de professores de instituições federais de ensino superior para 2024, conforme reunião realizada com  a categoria. A reivindicação por uma reestruturação da carreira do magistério federal também foi aceita e a greve está mantida.

A proposta foi apresentada em uma reunião com vários representantes da classe e do Ministro da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI). Na ocasião, ficou definido que essa será a última oferta do governo.

Em resposta à contraproposta dos servidores, o governo oferece reajustes apenas nos benefícios: aumento de 52% no auxílio-alimentação, de 515 no auxílio-creche e de 51,1% na assistência à saúde.

A proposta do governo não inclui, no entanto, aumento nos salários para este ano, com previsão de reajuste de 4,5% ao ano para 2025 e 2026.

Nas reivindicações, a categoria pediu reajustes de 7,06% em 2024, de 9% em janeiro de 2025 é de 5,16% para maio de 2026.

“Essas propostas não trazem sequer o impacto orçamentário, de bastante significância e peso e não alcançam a maior parte das demandas que hoje são colocadas pelos professores e professoras em sua greve”, diz o presidente do Andes, Gustavo Seferian.