Ricardo Nunes se encontra com o Padre Júlio Lancelloti para discutir CPI das ONGs

O prefeito recebeu o padre Lancellotti na sede da prefeitura e o encontro foi confirmado pela assessoria do Nunes

Ricardo Nunes (MDB), prefeito de São Paulo, se encontrou nesta segunda-feira (08), com o padre Júlio Lancellotti, alvo de uma possível Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) a ser instalada na Câmara Municipal de São Paulo. 

O prefeito recebeu o padre Lancellotti na sede da prefeitura. O encontro foi confirmado pela assessoria do Nunes, mas foi solicitado pelo religioso, por meio de uma mensagem contando sobre o requerimento de abertura da CPI, que teve retorno do Nunes por uma ligação que afirmou estar a par de toda a situação. 

Segundo Lancelloti, Nunes lhe disse durante o encontro que, caso questionado, esclareça que a Prefeitura não tem nenhum convênio com a Arquidiocese, com a Pastoral de Rua, nem com nenhuma entidade de que o padre faça parte. 

“O prefeito disse que pode prestar os esclarecimentos de que não sou de uma ONG, não recebo recursos, que isso é uma coisa de domínio público e que se a prefeitura for arguida nesse sentido, irá responder isso mesmo: ‘Nós não temos nenhum convênio com a Arquidiocese de São Paulo, nem com a Pastoral de Rua, nem com nenhuma entidade que o padre Júlio faça parte’”, disse o padre. 

Nunes teria reforçado ainda, como fez outras vezes em nota, que o Poder Legislativo não pode sofrer interferência do Poder Executivo. “Ninguém é contra a CPI, mas (a favor) que a CPI tenha um objeto claro de investigação e não personalize”, disse o padre em entrevista.

Lancellotti disse ainda que reivindicou ao prefeito, durante o encontro, a ampliação da “Operação Altas Temperaturas”, que provê recursos para amenizar a sensação de calor da população vulnerável diante das ondas de calor que têm atingido a cidade.

Se a Casa der seguimento aos trabalhos, a CPI vai investigar, inicialmente, o Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto, conhecido como Bompar, e o coletivo Craco Resiste. Espera-se ainda uma oitiva com Lancellotti. A Bompar é ligada à Igreja Católica e já teve Lancellotti como conselheiro. A Craco informa que atua contra a “violência policial” na região da cracolândia.