Pesquisadora demitida por acusar Janja de criar Milícia Digital aceita depor em comissão

A pesquisadora Michele Prado aceitou nesta quarta-feira (15) o convite do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) para prestar depoimento na Câmara

A pesquisadora Michele Prado aceitou nesta quarta-feira (15) o convite do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) para prestar depoimento na Câmara dos Deputados. A pesquisadora fazia parte da equipe do Monitor do Debate Político do Meio Digital da USP (Universidade de São Paulo), mas foi demitida após ser envolvida em polêmicas com a jornalista da Globo, Daniela Lima e a primeira-dama Janja. 

Michele, ao mudar de ideia sobre expor sua versão dos fatos, disse que vai usar o espaço para se defender de mentiras do que definiu como “brutal campanha de cyberbullying” sobre sua integridade. Segundo a pesquisadora, a ação nas redes sociais é oriunda principalmente da esquerda. 

Nikolas anunciou em seu perfil do X (antigo twitter) , que a pesquisadora aceitou falar sobre a denúncia da existência de milícias digitais no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O deputado disse que conversou com o presidente da Comissão de Comunicação da Casa Baixa, Silas Câmara (Rep-AM), e que o requerimento será votado na próxima quarta-feira (22).

A pesquisadora havia recusado o convite de depor na terça-feira (14), mas mudou de ideia por acreditar que continuará seu trabalho de “pesquisa e prevenção/combate aos extremismos de forma independente” depois de ter sido desligada. 

Michele fez inúmeras publicações relacionadas à sua demissão do grupo de pesquisa da USP. A pesquisadora disse ter sido insultada e sofrido “Assédio moral” pela jornalista Daniela Lima, após corrigir uma informação divulgada pela âncora ao vivo e que, depois a “corda arrebentou para o lado mais fraco”, dando alusão a sua demissão.