Bolsonaro apadrinha Frente Parlamentar Mista contra invasão de terra
A Frente Parlamentar Mista Invasão Zero tem como principal objetivo antagonizar o MST e que vai articular contra o avanço do terror no campo e na cidade
Nesta terça-feira (24), foi lançada a Frente Parlamentar Mista Invasão Zero (FPMIZ) que tem como principal objetivo antagonizar o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a frente foi apadrinhada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro que marcou presença na iniciação do colegiado.
Bolsonaro discursou e alertou os invasores de terras “Aquele que não respeita a propriedade privada é inimigo político nosso, não é nosso adversário”. O ex-presidente também criticou o desequilíbrio que há entre os poderes e criticou diretamente o Judiciário: “Temos que buscar a igualdade, cada um tem que entender o seu lugar. Não é porque um poder tem mandato vitalício que vai se sobrepor aos demais”, afirmou.
O deputado federal Luciano Zucco (Rep-RS), presidente do colegiado contra o MST, disse que a frente será o principal fórum legislativo de debates, articulação e muita pressão contra o avanço do terror no campo e na cidade. “Seremos implacáveis no combate ao MST, FNL, MTST e todos aqueles que insistem em desrespeitar as leis”, destacou Zucco.
A Invasão Zero reúne propostas apoiadas pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). Em destaque está uma lista que endurece as penas contra os invasores de propriedades privadas, como: A vedação à concessão de benefícios sociais, crédito agrícola ou nomeação para cargos públicos para quem participa de invasões, impedimento em participação de programas relacionados à Reforma Agrária.
Além de outras propostas que classificam como terrorismo os atos de violentos contra propriedades públicas e privadas e também permite a ação da polícia sem a necessidade de ordem judicial para retomada de propriedades invadidas.
Nas últimas semanas, o MST retomou a agenda nacional de invasões, paralisada temporariamente pela exposição do movimento perante à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MST. Os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul registraram casos de violência e aumento da tensão no campo.