SP registra 138 mil casos de dengue e declara estado de emergência

Depois do Estado de São Paulo atingir nível de epidemia de casos da dengue, foi decretado alerta de emergência para a doença. O estado chegou a atingir 300 casos a cada 100 mil habitantes e o estado de emergência foi recomendado pelo Centro de Operações Emergenciais (COE).

Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde, 131 municípios registraram 300 casos por 100 mil habitantes, mas algumas cidades paulistas já ultrapassaram esse número, chegando a 400 casos por 100 mil habitantes.

Foram confirmados 138.259 casos da doença, enquanto os números de prováveis infecções pela doença chegam a mais de 361,6 mil notificações. Até esta segunda-feira (4), já haviam sido confirmadas 31 mortes pela doença, registradas em 21 cidades do estado. Outros 122 óbitos estão em investigação. Desse total de pacientes infectados, 1.821 apresentaram ou apresentam sinais de alerta, enquanto 169 evoluíram para o quadro grave.

Pouco mais da metade das mortes são de pessoas com 65 anos ou mais. Não há informação sobre a idade de todas as pessoas que morreram em decorrência da doença. O risco de morte por dengue é 8 vezes maior entre os idosos. Isso se deve principalmente ao fato de que, nesta faixa etária, é comum a presença (e o acúmulo) de comorbidades, como diabetes e hipertensão.

Em fevereiro, o governo estabeleceu o Centro de Operações de Emergência (COE) para combater o Aedes aegypti, o vetor responsável pela transmissão da dengue, Chikungunya e Zika. O COE, coordenado pela Secretaria Estadual da Saúde, reúne sete outras secretarias estaduais, incluindo a Casa Civil, a Casa Militar e Defesa Civil, a Segurança Pública, o Desenvolvimento Social, a Comunicação, a Educação, o Meio Ambiente, a Infraestrutura e a Logística, além do Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems).

A primeira ação tomada pelo COE foi a alocação de R$ 200 milhões do tesouro estadual para as prefeituras dos 645 municípios paulistas, visando o combate direto ao mosquito.

A Secretaria de Saúde de São Paulo explica que o decreto permitirá que o Estado e os municípios implementem ações com maior agilidade. Além disso, possibilita que São Paulo receba recursos adicionais do governo federal. Cada município, com base na análise de seu cenário epidemiológico, poderá utilizar essa medida estadual para declarar emergência em nível local.