Julgamento na Alemanha é adiado por juíza atacar Bolsonaro

A defesa alegou que a juíza publicou mensagens nas redes sociais pedindo o assassinato de Jair Bolsonaro (PL)

Foi adiada nesta sexta-feira (16) a primeira sessão de julgamento de Christian Bruckner, o principal suspeito do desaparecimento de Madeleine McCann, que estava ocorrendo na Alemanha. O motivo foi o argumento da defesa que alegou que uma das juízas do caso deveria ser afastada por, supostamente, ter postado mensagens nas redes sociais pedindo o assassinato do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).  

A defesa do acusado, Sebastian Fuelscher, alegou que a juíza leiga Britta Thielen-Donckel era, na verdade, desqualificada para a função e pediu seu afastamento do caso. 

Durante o julgamento ele leu algumas postagens das redes sociais de Donckel nas quais ela fazia declarações como “mate o idiota” e “mate o diabo”, referindo-se ao presidente Bolsonaro. Além da postagem ela teria pedido a morte de outro homem por suposta tortura de animais. 

Como resultado, o tribunal foi suspenso apenas 9 minutos após a abertura para considerar o pedido, e Thielen-Donckel foi removida do painel. O julgamento foi adiado até a próxima sexta-feira (23) enquanto as autoridades buscam um juiz substituto 

O caso está sendo julgado em Brunsvique, na Alemanha. Christian Brückner é acusado de abuso sexual contra mulheres e crianças em Portugal. 

No sistema judiciário da Alemanha, os “juízes leigos” são cidadãos comuns que participam dos tribunais penais. Nos casos julgados em tribunais mistos, esses cidadãos trabalham junto com os juízes para tomar decisões.