Suspeito, ‘Suel’ é levado à prisão federal de Brasília
Em presídio comum, "poderia pôr em risco a ordem pública", diz a decisão
O ex-bombeiro Maxwell Simões, conhecido como ‘Suel’, preso por suspeita de participação no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, foi transferido no final da tarde desta terça-feira (25) para a penitenciária federal de Brasília, de segurança máxima, (Papuda).
De acordo com a decisão da justiça “sua permanência em um presídio comum poderia pôr em risco a ordem pública e a segurança do Estado do Rio de Janeiro.”
A prisão preventiva de Suel foi determinada pelo juízo da 4ª Vara Criminal da Capital, com base em provas apresentadas pelo Ministério Público que apontaram para sua ligação com o crime. Ele é suspeito de envolvimento nas mortes de Marielle e Anderson, ocorridas na noite de 14 de março de 2018, no bairro do Estácio, região central do Rio.
De acordo com o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJTJ), Suel teria participado de “graves e audaciosos crimes”, incluindo homicídios, corrupção ativa e organização criminosa armada. Sua ligação com o caso Marielle englobaria o monitoramento dos passos da vereadora, a troca da placa do carro usado no assassinato e o desmanche do veículo. Cápsulas e munições usadas no crime também teriam sido desfeitas por ele.
O ex-bombeiro ostentaria patrimônio incompatível com suas receitas e há indícios de que integra a exploração de serviços de “gatonet” no bairro de Rocha Miranda, na Zona Norte do Rio. A delação de Élcio de Queiroz, primeira confissão desde o assassinato, descreve que ele próprio dirigia o Cobalt usado na noite do crime, enquanto Ronnie Lessa é apontado como o responsável por atirar contra as vítimas.
Suel já havia sido detido anteriormente, em 2020. Ele é apontado como cúmplice do ex-sargento da Polícia Militar Ronnie Lessa, acusado de matar Marielle Franco e Anderson Gomes. De acordo com as investigações, Suel ajudou no descarte de armas escondidas por Lessa.