Governo contraria produtores e anuncia importação de arroz

Nesta primeira fase, serão adquiridas 104 mil toneladas do produto, ao todo foram reservados R$ 416 milhões para a compra

O governo federal publicou uma portaria no Diário Oficial da União autorizando a importação de arroz.

Nesta primeira fase, serão adquiridas 104 mil toneladas do produto, destinadas à venda para pequenos varejistas e equipamentos públicos de segurança alimentar e nutricional em várias regiões metropolitanas.

Foram reservados R$416 milhões para a compra.

Como já noticiado pela Coluna Cláudio Humberto do Diário do Poder, medida do presidente Lula (PT) autorizando a milionária importação de arroz contraria a Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz).

A compra está a cargo da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), empresa pública de abastecimento dirigida por Edegar Pretto, petista ligado ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

A Conab alegou para a aquisição do arroz estrangeiro, risco de desabastecimento, devido às enchentes que assolam o estado do Rio Grande do Sul, maior produtor de arroz do Brasil. A Federarroz nega o risco.

“Inexiste risco de desabastecimento”, garante a entidade, citando a projeção da safra 2023/2024 estimada em suficientes 7.150 toneladas.

A compra do arroz estrangeiro deve ser importada do Paraguai, Uruguai e Argentina, por meio de leilões públicos.

O primeiro leilão das 104 mil toneladas do produto, serão direcionadas para São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pernambuco, Ceará, Pará e Bahia.