Deputados querem convocar Vieira sobre postura do Brasil à ditaduras e terrorismo
Os parlamentares destacam que o governo parece 'estar mais alinhado a grupos terroristas e líderes ditatoriais do que com a democracia'
Os deputados federais Marcel van Hattem (Novo-RS), Gilson Marques (Novo-SC) e Adriana Ventura (Novo-SP) solicitaram a convocação do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, para esclarecer o posicionamento do Brasil frente aos recentes acontecimentos na Venezuela e no Oriente Médio.
Os parlamentares destacam a necessidade do país manter uma postura coerente com os princípios constitucionais e internacionais, incluindo o repúdio ao terrorismo e a ditaduras.
“A conivência do presidente Lula com o regime ditatorial de Nicolás Maduro na Venezuela e o alinhamento do governo brasileiro com organizações terroristas no Oriente Médio são inaceitáveis. Enquanto a comunidade internacional condena as fraudes eleitorais na Venezuela e as ações de grupos terroristas como o Hamas e o Hezbollah, o governo Lula opta por uma postura branda e até mesmo de cúmplice. É fundamental que o ministro das Relações Exteriores explique essa postura vergonhosa e desastrosa que compromete a imagem e os princípios democráticos do Brasil”, declarou van Hatten.
Os deputados afirmam que é essencial que o governo brasileiro explique por que não adotou uma postura clara de repúdio às ações do regime venezuelano.
Como noticiou o Diário do Poder, o presidente Lula (PT) afirmou que a ‘vitória’ imposta ao ditador venezuelano Nicolás Maduro no país vizinho foi um “processo normal”.
“É necessário que se dê a devida importância a este assunto por parte do governo brasileiro ou que ao menos sejam expostos os motivos que levaram o MRE a não adotar uma postura clara de repúdio como já feito por líderes de democracias anteriormente citadas”, justificaram os deputados no requerimento de convocação do ministro.
Além disso, a convocação aborda a postura do Brasil em relação ao conflito no Oriente Médio, destacando a condenação do Itamaraty à morte do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, e ao ataque aéreo israelense que matou o comandante do Hezbollah, Fuad Shukr.
Os deputados do Novo alertam na justificativa do requerimento sobre uma percepção de que “o governo brasileiro parece preocupar-se em estar mais alinhado a grupos terroristas e líderes ditatoriais do que em promover e apoiar a democracia.”
Como também noticiou o Diário do Poder, o governo brasileiro classificou o assaninato como “flagrante desrespeito à soberania e à integridade territorial do Irã”.
O requerimento deverá ser apreciado pelos deputados membros da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados na volta do recesso parlamentar.