Deputados afirmam que Moraes quer ‘alimentar rivalidade’ ao negar passaporte de Bolsonaro

Decisão do ministro impede o ex-presidente de participar da posse de Trump

Deputados federais de oposição criticaram a decisão ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que negou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para devolver o passaporte e autorizar a ida do político à posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, no dia 20/01.

Para os parlamentares, a decisão do magistrado representa uma perseguição ao ex-presidente.

O deputado federal Sanderson (PL-RS), avaliou que Moraes parece mais interessado em alimentar rivalidades internas do que em manter relações diplomáticas.

“Proibir Bolsonaro de participar da posse de Donald Trump é um claro exemplo de como o Judiciário no Brasil tem sido usado para perseguição política. Esse tipo de decisão mancha a imagem do país, que agora parece mais interessado em alimentar rivalidades internas do que em manter relações diplomáticas com uma das maiores potências mundiais”, criticou o parlamentar.

O deputado federal Rodrigo Valadares (União-SE), classificou a medida como “vergonhosa”. 

“A decisão de impedir Bolsonaro de participar da posse de Trump é vergonhosa e evidencia como o Brasil está mergulhado em um cenário de perseguição política sem precedentes. Estamos falando de um ex-presidente que deveria ser tratado com respeito e que poderia reforçar laços com os Estados Unidos. Ao invés disso, Lula e seus aliados preferem transformar o país em um palco de retaliações, causando mais um vexame internacional”, pontuou Valadares.

Para o deputado federal Rodolfo Nogueira (PL-MS), a proibição da ida se Bolsonaro a posse de Trump “expõe o Brasil ao ridículo diante do mundo”.

“É inadmissível que um ex-presidente seja proibido de exercer seu direito de ir e vir para participar de um evento relevante no cenário internacional. Isso demonstra o grau de interferência política nas instituições e expõe o Brasil ao ridículo diante do mundo. Lula, enquanto tenta construir pontes com ditadores, deixa claro que prefere desmantelar qualquer possibilidade de diálogo com aliados históricos, como os Estados Unidos. A ida de Bolsonaro aos EUA salvaria a relação diplomática entre os dois países”, afirmou Nogueira.