Após falas de Haddad sobre meta fiscal, Bolsa cai e dólar sobe para R$5,05
As falas do ministro da Fazenda ocorreram após o presidente Lula afirmar que seria 'difícil' o governo atingir a meta fiscal de zerar o déficit público em 2024
O principal índice da B3 (Bolsa de Valores do Brasil), o Ibovespa, operou em queda nesta segunda-feira (30). A Bolsa iniciou o dia em alta, mas reverteu o movimento após declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
As declarações do ministro geraram incertezas no mercado financeiro, impactando negativamente o desempenho do Ibovespa e influenciando a alta do dólar. Haddad não confirmou se a meta de eliminar o deficit primário em 2024 seria mantida, levando a Bolsa a cair até 0,70%, aos 112.506,72 pontos.
Por volta das 13h04, o índice recuava 0,26%, aos 113.004 pontos. Paralelamente, o dólar, que estava em queda, passou a subir e atingiu R$5,05 na máxima. No mesmo horário, a moeda americana subia 0,54%, cotada a R$5,04.
Haddad afirmou ter um compromisso pessoal com o equilíbrio das contas públicas, mas não esclareceu se o governo manteria a meta fiscal de zerar o deficit primário em 2024. Essa meta foi proposta pela equipe econômica e sancionada pelo presidente Lula (PT)
A intenção de Haddad era acalmar o mercado financeiro quanto às incertezas fiscais. No entanto, a falta de compromisso com a meta estabelecida em lei teve o efeito oposto. O Ibovespa operava na contramão dos índices S&P 500 e Dow Jones nos Estados Unidos e dos principais índices europeus.
A coletiva ocorreu após Lula afirmar que seria “difícil” o governo atingir a meta fiscal de zerar o déficit público em 2024. Questionado sobre isso, o ministro evitou confirmar a meta zero.