Polícia Militar do DF confirma instalação de câmeras corporais

O subcomandante-geral da PMDF defendeu que a adoção de câmeras também traz benefícios para o policial militar

Em audiência pública realizada pela Câmara Legislativa do Distrito Federal nesta sexta-feira (23), representante da Polícia Militar do DF confirmou que as câmeras de serão instaladas nos uniformes dos militares, ainda em 2023.

De acordo com o subcomandante-geral da PMDF, coronel Adão Teixeira de Macedo, a corporação já está planejando a implementação das câmeras corporais. O militar informou que o projeto já está previsto no orçamento da corporação. 

“ A proposta da corporação é que todo policial em serviço tenha uma câmera. Vamos ter uma unidade piloto no 1° comando regional, na área central. A partir daí vamos expandir para outras regiões do DF. Inicialmente serão 300 câmeras. A expectativa é iniciarmos no segundo semestre”.

O subcomandante defendeu que a adoção de câmeras também traz benefícios para o policial militar. 

“Quando a pessoa percebe que está sendo monitorada, ela tende a mudar seu comportamento e tomar uma atitude mais cortês. Isso vale tanto para o policial quanto para o cidadão que está sendo abordado. O comando da PM está ansioso para implementar o projeto. Desvios de conduta mancham a imagem da corporação e são um enorme prejuízo para a sociedade”.

O debate foi proposto pelos distritais Fábio Félix (PSOL) e Max Maciel (PSOL) e contou com a participação de policiais, promotores, defensores públicos e representantes da sociedade civil. 

Ambos são autores de um projeto de lei que prevê a instalação das câmeras nos uniformes dos policiais civis e militares e em suas viaturas. 

“Os objetivos do PL são a produção de prova, a garantia de segurança na abordagem policial, a avaliação da abordagem policial, a verificação do uso da força e a preservação da incolumidade de pessoas e do patrimônio”, explicou Fábio Félix.

Max destacou  as vantagens da adoção dos equipamento para toda a sociedade.

“A população vai saber como se comportar numa abordagem policial. Ela vai possibilitar ao cidadão recorrer contra casos de violência policial e ao policial recorrer contra desacatos”.

 Ao final da audiência pública, ficou acertada uma reunião com as forças de segurança para aprimoramento do projeto de lei em tramitação na CLDF.