Sistema de rastreabilidade de medicamentos será expandido no DF

O sistema, que está em fase de testes, mapeia e gera o histórico de cada medicamento, desde sua origem até o consumidor final

O sistema de rastreabilidade de medicamentos, que foi usado pela primeira vez no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), será expandido para outras unidades da rede pública do Distrito Federal.

O anúncio foi feito pela governadora em exercício, Celina Leão (PP), durante uma visita ao hospital nesta quarta-feira (19).

O sistema, que está em fase de testes, mapeia e gera o histórico de cada medicamento, desde sua origem até o consumidor final. Isso permite que os médicos saibam informações como o que o paciente tomou, quando tomou, a quantidade e onde. Apenas no HRSM, cerca de 11 mil pessoas serão beneficiadas mensalmente pela plataforma, que em breve estará disponível no Hospital de Base e nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).

Celina Leão afirmou que esse é o tipo de gestão técnica que o governo deseja na área da saúde.

“Esse é o tipo de gestão técnica que nós queremos na área da saúde. É a garantia de que não vai faltar medicamento, de que nós não vamos perder o medicamento por prazo de validade. Essa experiência, que já começa hoje no Hospital de Santa Maria, tem determinação de ser expandida para todos os hospitais, o próximo será o Hospital de Base. E aí nós vamos ter uma diminuição das compras emergenciais por falta de medicamento. É usar as ferramentas de tecnologia a favor da população”, declarou.

O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), responsável pela administração do HRSM, afirmou que o sistema permitirá a redução de estoques, a programação de compras e o rastreamento de toda a cadeia de suprimentos. O projeto começou pela UTI Adulto, Centro Obstétrico e Unidade de Cuidado Intensivo Neonatal (Ucin).

O presidente do IgesDF, Juracy Cavalcante Lacerda Júnior, explicou que a rastreabilidade dos medicamentos é prevista em protocolos de saúde e faz parte do novo modelo de gestão pautado na governança clínica. Ele afirmou que a ideia é garantir que os medicamentos sejam administrados corretamente aos pacientes. Além disso, ele acrescentou que a perda de medicamentos por validade pode acontecer em todos os hospitais e que o objetivo é controlar isso para otimizar a gestão e gerar economia aos cofres públicos.

O Hospital Regional de Santa Maria é o segundo maior do DF e possui 384 leitos, incluindo 60 leitos de UTI. A superintendente do hospital, Eliane Souza de Abreu, mencionou que eles atendem cerca de 10 mil pessoas por mês e realizam entre 900 e 950 internações clínicas mensalmente. Ela afirmou que todos esses pacientes terão a rastreabilidade dos medicamentos garantida.

A secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, também esteve presente na visita ao HRSM. Ela revelou que uma pesquisa feita pela Secretaria de Saúde mostrou uma satisfação dos colaboradores com a unidade e um desejo de permanecer trabalhando lá.