Detran acumula 3,6 mil veículos apreendidos nos cinco depósitos do órgão

De janeiro a julho deste ano foram apreendidos 14.286 veículos

Os cinco depósitos do Departamento de Trânsito (Detran-DF) acumulam cerca de 3,6 mil veículos. Os motivos são vários: placa ilegível, dados de identificação adulterados (como chassi), falta de documentos de porte obrigatório e excesso de infrações de trânsito. De janeiro a julho deste ano foram apreendidos 14.286 veículos. Desses, 10.628 já foram liberados. Os que restaram devem ir a leilão nos próximos meses.

Os depósitos ficam localizados em Taguatinga, Gama, Plano Piloto, Paranoá e na BR-040. A capacidade total é de cerca de 7 mil veículos.

Segundo o diretor de Policiamento e Fiscalização de Trânsito, Silvain Fonseca, em alguns casos, os embargos com multas e impostos atrasados superam o valor do próprio veículo. Outros têm problemas mais antigos. “Já pegamos um carro que custa mais de R$ 100 mil, com cinco anos de uso, sem um IPVA [Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores] pago", exemplifica.

A retirada do depósito só pode ser feita pelo proprietário ou por um procurador legal. É preciso ir à unidade em que o bem está apreendido com a documentação que comprove a posse, como o Documento Único de Transferência (DUT), e quitar as taxas pendentes. O cidadão também pode ligar para o Disque-Detran-DF e obter informações de como proceder ou localizar o veículo em uma das unidades.

Leilão
Os veículos que ficam nos depósitos por mais de 90 dias são levados a leilão, desde que não tenham restrições, a exemplo das judiciais. Os proprietários são comunicados por carta sobre a possibilidade de retirada antes da venda, e os leilões são informados em publicações no Diário Oficial do Distrito Federal e em jornais de grande circulação. Em 2015, já foi feito um processo desse tipo. O próximo está em fase de planejamento. As vendas incluem os veículos que são considerados sucatas e os que ainda têm condições de circular.

Os débitos do bem leiloado são quitados com o valor arrecadado. Caso reste um saldo, ele é depositado na conta bancária do ex-proprietário. Se o montante não for suficiente, os devedores poderão ser cobrados por meio de ações judiciais.(Com informações Agência Brasília)