Tarcísio acusa nova greve de superar egoísmo e ser irresponsável e cruel

Governador disse que greve no transporte sobre trilhos contra privatizações contraria resultado das urnas

O governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) condenou, na manhã desta terça-feira (28), a greve de funcionários de transportes sobre trilhos que tentam impedir concessões, terceirizações e privatizações propostas pelo governo estadual. Nas redes sociais e em coletiva à imprensa, o governador acusou grevistas de egoísmo, irresponsabilidade e crueldade, ao afirmar que o movimento é político e que não aceitar o projeto de privatizações “é não aceitar o resultado das urnas”.

“Estamos trabalhando para minimizar os impactos de mais uma greve ilegal e abusiva que tenta colocar a população refém de uma pauta política e corporativista. Uma minoria que não se constrange em impor prejuízo e sofrimento a milhares de trabalhadores por puro oportunismo. Não é só egoísmo, é irresponsabilidade e crueldade com quem depende do transporte público”, criticou o governador, em suas redes sociais. 

Tarcísio alertou a grevistas que seu governo não irá recuar dos projetos que estudam privatizações, e considerou a greve ilegal, por descumprir determinação judicial para que fossem mantidos percentuais mínimos de funcionamento de trens e metrôs. Além de acusar o movimento grevista de ter sido decidido em assembleia com 22 pessoas presentes.

“São contra aquilo que nós defendemos ao longo da campanha, de estudar privatizações, concessões, participação do capital privado nos serviços públicos. Foi um compromisso. E essa posição foi vitoriosa. Não aceitar essa posição é não aceitar o resultado das urnas, é não aceitar o diferente”, concluiu Tarcísio, ao alertar que serão tomadas medidas legais pelo não comparecimento de grevistas ao trabalho.

O governador determinou ponto facultativo nos serviços públicos estaduais da capital nesta terça-feira (28), para reduzir danos à população.

Ilegalidade

O governo de São Paulo divulgou que oiciais de Justiça estiveram nos Centros de Controle Operacionais (CCO) do Metrô e da CPTM para verificar o cumprimento da decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), que determinou funcionamento mínimo de 85% do contingente de trabalhadores da CPTM e 80% dos serviços do Metrô, nesta terça-feira (28), nos horários de pico.

“Até o momento, os percentuais não vêm sendo cumpridos”, disse o governo, em nota que lembra que o descumprimento deve resultar em multas diárias previstas de R$ 600 mil para os sindicatos dos ferroviários e R$ 700 mil para o sindicato dos metroviários.