Senador quer FAB com brigada para incêndios de grandes proporções

O avanço do fogo a consumir e ameaçar a Amazônia, o Pantanal e outros biomas no Brasil levou o senador Zequinha Marinho (Podemos-PA) a sugerir que o governo do presidente Lula (PT) garanta a instalação de estruturas especializadas e permanentes na Força Aérea Brasileira (FAB) para confrontar incêndios florestais de grandes proporções.

O político paraense protocolou a indicação (INS) 63/2024, no Senado, no dia 5 deste mês de setembro, provocando o governo petista a apresentar projeto de lei que crie uma brigada aérea de combate a incêndios na FAB.

Zequinha argumenta que os estados possuem a atribuição de conter o fogo, mas não têm recursos suficientes para atender às demandas atuais. Por isso, apelam a órgãos federais como a FAB, por aeronaves que despejem água nos focos de incêndio. Mas se deparam com uma Aeronáutica, sem um setor específico para lidar com grandes incêndios em vegetação, segundo o senador.

“Precisamos institucionalizar esse serviço, treinando especialistas em combate a incêndios dentro da carreira militar, além de ampliar as instalações e prover os equipamentos necessários […]. A FAB tem se mostrado essencial ao prestar apoio aos bombeiros estaduais […], mas situações como estas merecem uma resposta mais rápida e mais efetiva por parte dos órgãos públicos”, defende Zequinha na justificação do documento.

Atuação conjunta

A aeronave KC-390 Millennium da FAB, desenvolvida pela empresa brasileira Embraer, foi utilizada neste ano para auxiliar no combate a incêndios no Pantanal e em São Paulo. O veículo é capaz de projetar cerca de 12 mil litros de água.

No Pará, em 2018, a FAB fechou acordo com o órgão federal Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que gerencia reservas ambientais, para também auxiliar no combate a incêndios na floresta amazônica. Na ocasião, o ICMBio tinha seus próprios brigadistas, que eram transportados pelos aviões da Aeronáutica. (Com Agência Senado)