Cláudio Castro celebra outubro com menos mortes violentas em 32 anos
Marca é menor patamar de violência desde 1991, apesar de execuções de médicos e latrocínio de estudante nas praias cariocas
Em meio a críticas pela morte de três médicos na Barra da Tijuca, no mês passado, e de um fã da cantora Taylor Swift com uma facada no tórax durante assalto no domingo (19), na Praia de Copacabana, o governador Cláudio Castro (PL) celebrou os números divulgados nesta quinta-feira (23) pelo Instituto de Segurança Pública (ISP) do Rio de Janeiro. Os novos dados indicam que as mortes violentas no estado fluminense alcançaram, em outubro, o menor patamar desde 1991, quando o órgão ligado à Polícia Civil iniciou as estatísticas.
No mês passado, foram registrados 293 casos de homicídio doloso, lesão corporal seguida de morte, morte por intervenção de agente do Estado e roubo seguido de morte, como no caso do estudante Gabriel Mongenot Santana Milhomem Santos, morto no domingo. Em 5 de outubro, a execução de três médicos em plena orla carioca deixou entre os mortos Diego Rauf Bomfim, irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP), esposa do deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ).
O número de mortes violentas em outubro corresponde a 28% a menos que no mesmo mês do ano passado. E foram em sua maior parte, 245, registrados como homicídios dolosos. Três foram latrocínios, duas lesões corporais seguidas de morte e 43 mortes por intervenção de agentes do Estado, sendo este número resultante de conflitos com policiais 57% menor do que em outubro de 2022; e ainda o menor desde 2013, na série histórica. Também foi registrado que um policial militar foi morto em serviço, em outubro.
Patrimônio, estupros e armas
O ISP ainda destaca reduções em crimes contra o patrimônio:
– Roubo de cargas caiu pela metade, com declínio de 49%, o menor para o mês desde 2010;
– Roubos de rua (roubo a transeunte, roubo de aparelho celular e roubo em coletivo) reduziram 13%;
– Roubos de veículo caíram 21%, com 512 casos a menos em relação ao mesmo período do ano anterior.
Também houve queda em número de estupros, com 18% menos casos do que em 2022. Foram 431 casos registrados em outubro e 4.613 estupros, desde janeiro.
Houve queda nas apreensões de armas, com 5.430 ocorrências em outubro, mesmo com o governo de Cláudio Castro ressaltando a retirada 527 fuzis das mãos de criminosos, desde janeiro, com média de dois fuzis apreendidos por dia.