Preso por crimes com criptoativos movimentou mais de R$ 14,4 bilhões

Operador de esquema foi preso pela PF tentando embarcar em voo de São Paulo para Dubai

Um operador especializado em lavar dinheiro com criptoativos, preso pela Polícia Federal na madrugada de ontem (7), movimentou ao menos R$ 14,4 bilhões, desde 2017. O acusado de integrar o esquema criminoso foi detido na área migratória do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, tentand embarcar em voo com destino a Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

De acordo com dados da PF sobre investigação resultante da Operação Colossus, uma das empresas controladas pelo investigado movimentou, entre os anos de 2017 e 2021, mais de R$ 13 bilhões entre créditos e débitos, sem registros de notas fiscais compatíveis com as transações bancárias.

A PF ainda afirma ter evidências de que a operação envolvia dinheiro proveniente de tráfico de drogas e outros crimes. Além de citar provas de que a ação delituosa prosseguia com o operador vivendo no exterior, em conta bancária pertencente a empresa de “laranja” usada para movimentar mais de R$ 1,4 bilhões, ao longo de dez meses de 2023.

A prisão resultou no cumprimento de mandados de busca e apreensão em endereços do investigado e de sua companheira, não cumpridos desde a deflagração da Operação Colossus, em 2022, porque os alvos não haviam sido localizados no Brasil.

A PF afirma que o preso morava em Dubai, “a fim de possibilitar a continuidade da prática criminosa de forma a dificultar a atuação das autoridades policiais brasileiras”. E justifica que foi decretada sua prisão preventiva a fim de resguardar a ordem pública, a instrução criminal e a aplicação da lei penal; por causa de sua reiteração delitiva, com gravidade concreta da conduta e fixação de residência no exterior sem a comunicação formal às autoridades.

“O investigado é responsável por diversos atos de lavagem de capitais por meio do recebimento de recursos financeiros de origem ilícita no país e sua disponibilização como criptoativos, tanto no exterior quanto no território nacional. […] Além da prática dos crimes de falsidade ideológica, evasão de divisas, funcionamento irregular de instituição financeira e falsa identidade em operação de câmbio”, detalhou a Comunicação Social da PF em São Paulo.