PF faz 3ª operação contra políticos do Tocantins em 5 dias

Mais de 100 agentes federais buscam provas de fraudes a licitação de 2018

Cinco dias depois de ter o governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos), como um dos alvos da Operação Fames-19, a Polícia Federal deflagrou na manhã desta segunda-feira (26), a Operação Timóteo 6:9, para apurar possíveis crimes de fraude a licitação que teriam ocorrido no ano de 2018, ano em que o atual gestor foi vice de Mauro Carlesse, após o então governador Marcelo Miranda ter seu mandato cassado por arrecadação ilegal na campanha de 2014.

A investigação busca comprovar suspeitas de crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa, ligados a contrato da extinta Secretaria de Infraestrutura, Cidades e Habitação do Estado do Tocantins.

Por determinação da 4ª Vara Federal de Palmas, a PF colocou mais de 100 agentes federais nas ruas para cumprir 30 mandados de busca e apreensão e outras medidas cautelares diversas da prisão, na capital tocantinense e no interior do estado, em Gurupi e Dianópolis.

“O procedimento licitatório investigado tinha por objetivo a contratação de empresa especializada na prestação de serviços de locação de máquinas pesadas e caminhões, fornecimento de combustível e manutenção preventiva e corretiva, para atender os escritórios da Agência Tocantinense de Transportes e Obras – AGETO”, resumiu a PF.

A Polícia Federal orienta o cidadão que tiver denúncias e outras informações referentes aos fatos a envià-las para e-mail delecor.drcor.srto@pf.gov.br e a conta Whatsapp (63) 3236-5422, além do serviço de plantão na própria Superintendência Regional no Tocantins.

Terceira operação

A operação de hoje é a terceira desde a última quarta (21), quando o governador Wanderlei Barbosa foi um dos alvos da Operação Fames-19, deflagrada para apurar por suspeitas de o chefe do Executivo integrar um esquema de desvios de recursos públicos durante a pandemia de covid-19.

Na sexta (23), a PF deflagrou a Operação Máximus e prendeu duas pessoas envolvidas em um esquema de venda de sentenças no Tribunal de Justiça do Tocantins.