PF apura execução de delator do PCC no Aeroporto de Guarulhos

Corporação federal diz que atuará de forma integrada com a Polícia Civil de São Paulo

O assassinato de um empresário que teria delatado a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), no maior aeroporto do Brasil, também será investigado pela Polícia Federal. A execução ocorrida na tarde de sexta (9), no Aeroporto Internacional de Guarulhos já é investigada pela Polícia Civil de São Paulo, e o governador Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) garante que o crime organizado segue duramente combatido no estado.

Ao anunciar seu ingresso na apuração do assassinato de Antonio Vinícius Lopes Gritzbach, a PF informou que a investigação será realizada de forma integrada com a Polícia Civil de São Paulo e justificou que atuará por causa da função de polícia aeroportuária da instituição.

Dois homens executaram o empresário no movimentadíssimo aeroporto de Guarulhos, após desembarcarem de um veículo preto, encapuzados. Gritzbach já havia sido jurado de morte e sequestrado pelo PCC, porque negociava delação premiada com o Ministério Público de São Paulo (MPSP), na qual detalhava esquema de propina envolvendo policiais militares e civis e ainda movimentações financeiras de integrante do PCC, Anselmo Becheli Santa Fausta, vulgo “Cara Preta”.

Este faccionado foi assassinado em dezembro de 2022, no crime que também vitimou fatalmente Antônio Corona Neto, vulgo “Sem Sangue”. As mortes são suspeitas de terem sido encomendadas por Gritzbach.

Neste contexto, a Delegacia de Homicídios (DHHP) da Polícia Civil de São Paulo segue a linha de investigação de que o crime no aeroporto foi queima de arquivo, originado de qualquer um dos inimigos do delator.

O governador divulgou imagens de fuzis, pistola e carregadores utilizados no homicídio, que foram localizados e apreendidos pela Polícia Militar de São Paulo.

“Não permitiremos que esse crime fique impune. O trabalho de investigação segue até que sejam identificados e presos os autores dos disparos e mandantes. O crime organizado seguirá sendo duramente combatido em São Paulo”, afirmou Tarcísio.