Operação combate crimes de R$ 1,5 bi em criptoativos da Braiscompany

Montante seria investido em criptoativos nos últimos quatro anos pela empresa paraibana

A Polícia Federal e o Ministério Público Federal fazem nesta quinta-feira (16) um novo cerco a crimes contra o sistema financeiro e contra o mercado de capitais que movimentaram R$ 1,5 bilhão em dinheiro que seria investido em criptoativos, nos últimos quatro anos. A deflagração da Operação Halving mira sócios da empresa paraibana Braiscompany, especializada em ativos digitais.

Com o objetivo de comprovar ilegalidades nas movimentações de recursos nas contas vinculadas aos sócios da Braiscompany, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão nos municípios de João Pessoa (PB), Campina Grande (PB) e São Paulo (SP).

A PF afirma que os sócios da Braiscompany, Antônio Neto Ais e Fabricia Ais, estão foragidos. Eles são alvos de denúncias de clientes que passaram a reclamar nas redes sociais de atraso de pagamentos decorrentes da “locação” de ativos digitais junto à empresa, que prometia um retorno de 8% ao mês pelos investimentos.

O epicentro do golpe foi a cidade de Campina Grande, conhecida nacionalmente por ter o “Maior São João do Mundo”, onde fica a sede da empresa. Há relatos de clientes que venderam apartamentos e outros que investiram recursos de suas empresas para investir no incomum serviço de “aluguel” de ativos digitais.

A Braiscompany não respondeu à tentativa de contato do Diário do Poder, para obter o posicionamento da empresa e de seus sócios.