Maceió reduz ‘alerta máximo’ para nível de ‘alerta’ por mina da Braskem

Prefeito JHC pondera que estágio de menor gravidade ainda requer atenção por processo de colapso em poço de mineração

Apesar da sensível aceleração de afundamento de 0,26 cm para 0,27 cm por hora na mina 18 da Braskem, a Defesa Civil de Maceió reduziu o nível de risco operacional de “alerta máximo” para “alerta”, no início da tarde desta terça-feira (5). A decisão foi tomada com base nos últimos dados, que registram o processo de colapso do poço de extração de sal-gema com acúmulo de 1,86m de afundamento.

Mas o prefeito João Henrique Caldas, o “JHC” (PL), ressalta que o quadro ainda requer atenção na área da margem da Lagoa Mundaú, que permanece isolada, no bairro do Mutange.

O processo de colapso da caverna que provocou tremores de terra desde a semana passada mantém incertezas sobre a dimensão da cratera a ser formada após o total preenchimento da cavidade formada pela mineração que já expulsou cerca de 60 mil pessoas de cinco bairros destruídos pela Braskem, em Maceió.

Área da Mina 18 da Braskem deve colapsar e alterar a margem da Lagoa Mundaú no bairro do Mutange em Maceió (Foto: Gilberto Júnior/OVNI Vídeos e Áudios/via Secom Alagoas)

“Na prática, isso significa que saímos de um risco iminente de colapso para um estágio de menor gravidade, mas que ainda requer atenção. O monitoramento continua sem parar. Com trabalho e união, vamos superar mais esse desafio”, disse o prefeito, que segue em Brasília, visitando autoridades federais em busca de apoio para mitigar os danos à capital alagoana e para ações humanitárias para as vítimas.

Veja o boletim da Defesa Civil de Maceió, divulgado às 12h42 de hoje:

Com base nos últimos dados, a Defesa Civil reduz o nível operacional de alerta máximo para o nível de ALERTA. O órgão informa, ainda, que o deslocamento vertical acumulado da mina n° 18 é de 1,86m e a velocidade vertical é de 0,27 cm por hora, apresentando um movimento de 6,2 cm nas últimas 24h, sendo que já foi de até 5 cm por hora às 23h53 no dia 29.

Por precaução, a recomendação é clara: a população não deve transitar na área desocupada até uma nova atualização da Defesa Civil, enquanto medidas de controle e monitoramento são aplicadas para reduzir o perigo.

A equipe de análise da Defesa Civil ressalta que essas informações são baseadas em dados contínuos, incluindo análises sísmicas.