Assista: Ex-comandante da PM do DF fica calado na CPMI do 8 de Janeiro

Coronel Fábio Augusto Vieira decidiu ficar em silêncio, protegido por decisão do ministro Zanin

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro foi frustrada pelo silêncio do depoente desta terça-feira (29), o coronel Fábio Augusto Vieira, ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). O oficial está preso desde o dia 18, pela segunda vez neste ano, em razão do “apagão” na coordenação e comando do policiamento contra os ataques que destruíram os Poderes da República, na semana seguinte à posse do presidente Lula.

Vieira foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em ação penal ajuizada junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), acusado de crimes de omissão, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, e outros ilícitos também atribuídos a mais seis oficiais da PMDF.

O depoimento do oficial que chefiava as tropas no dia do ataque aos prédios dos Três Poderes é uma resposta a sete requerimentos de parlamentares. Mas o ex-comandante da PMDF poderá ficar em silêncio e não assumir compromisso de falar a verdade, conforme decisão do ministro do STF, Cristiano Zanin, tomada ontem (28).

Em suas considerações iniciais, Vieira defendeu-se, afirmando que sua presença durante os ataques não significou que ele comandava a operação que não impediu a destruição das sedes do Congresso Nacional, do STF e do Palácio do Planalto.

Vieira foi preso pela primeira vez ainda em janeiro, quando foi exonerado do comando da PMDF.

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