CPI da Saúde aprova quebra de sigilo de empresas, mas deixa Intensicare de fora

Medida veio após a divulgação de áudio feitos por Liliane Roriz

Na sessão da CPI da Saúde desta quinta-feira (18) os deputados distritais aprovaram a quebra dos sigilos, bancários, telefônicos e fiscais das cinco empresas e mais quatro pessoas físicas, que teriam recebido repasses de recursos da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). No entanto, a Intensicare — apontada como uma das principais envolvidas nas irregularidades — ficou de fora da lista apresentada na comissão parlamentar de inquérito da Câmara Legislativa.

As empresas são: Hospital Santa Marta, Home Hospital Ortopédico, Oxtal, Hospital São Francisco e a Fundação Universitária de Cardiologia.

A decisão veio após a divulgação de gravações feitas pela distrital Liliane Roriz (PTB), onde um suposto esquema de propina envolvendo integrantes da Mesa Diretora da CLDF é revelado. No áudio é discutido o destino de uma sobra orçamentária no valor de R$ 30 milhões, que inicialmente iriam para reformas de escolas públicas, mas depois o valor foi destinado para pagamentos de serviços vencidos em UTIs.

Nos áudios um diálogo entre Liliane e o ex-secretário-geral da Casa, Valério Neves Campos, explica para a deputada que os deputados Bispo Renato Andrade (PR) e Júlio César (PRB), teriam tentado fechar um “negócio” com o presidente da Associação Brasiliense de Construtores, Afonso Assad, para realizar as reformas nas escolas públicas. Entretanto, o empresário teria dito que “não tinha jeito”, se referindo ao pagamento de propina.

Liliane também gravou a conversa com a presidente da Casa, Celina Leão (PPS) que depois de explicar por alto o esquema, tentou tranquilizou a deputada afirmando, “você não tá fora do projeto, não. Você tá no projeto. Mandei o Valério já falar com você”.

Então, com essa negativa, outro distrital, Cristiano Araújo (PSD) teria entrado no esquema e conseguido firmar o “negócio” para quitar dívidas com hospitais em relação ao aluguel de leitos de UTIs.