Confiança do consumidor recua 3,1 pontos em março, aponta FGV
Insatisfação sobre a situação financeira familiar atingiu o menor desde abril de 2016
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), caiu 3,1 pontos de fevereiro para março deste ano. Com isso, o indicador chegou a 74,8 pontos, em uma escala de 0 a 200.
Segundo Viviane Seda Bittencourt, Coordenadora das Sondagens, a queda do otimismo foi influenciada pela inflação, lenta recuperação do mercado de trabalho e endividamento das famílias, principalmente das famílias com menor poder aquisitivo. “Diante das perspectivas negativas sobre a economia, consumidores voltam a ficar cautelosos e diminuem seu ímpeto de compras nos próximos meses”, afirmou.
Segundo a sondagem, a insatisfação dos consumidores sobre a situação financeira familiar atingiu o menor desde abril de 2016.
“A confiança dos consumidores voltou a cair em março, devolvendo 82% dos ganhos de fevereiro. Houve piora das avaliações sobre a situação atual e das expectativas em relação aos próximos meses”, destacou a pesquisadora.
O Índice de Situação Atual (ISA), que mede a confiança no presente, recuou 2,6 pontos e atingiu 65,3, o menor nível desde abril de 2021 (64,5 pontos).
O Índice de Expectativas (IE), que avalia a percepção dos consumidores sobre o futuro, teve queda de 3,2 pontos e passou para 82,5, retornando ao patamar próximo ao observado em outubro de 2021 (82,4 pontos).
Na análise por faixa de renda, houve piora da confiança para todos os consumidores, com destaque para os que tem poder aquisitivo entre R$ 4.800,01 até R$ 9.600,00, cujo ICC caiu 6,7 pontos, para 78 pontos, menor valor desde maio de 2021 (72,1 pontos). Já entre a população de menor renda, o recuo foi de 4 pontos, para 69 pontos – o menor patamar entre todas as faixas.