Comércio do DF está cauteloso em relação às vendas do Dia dos Pais

Maioria dos empresários está pessimista em relação as vendas

Os comerciantes brasilienses não estão animados em relação ao Dia dos Pais. É o que mostra pesquisa realizada pelo Instituto Fecomércio. Entre os empresários entrevistados, a maioria (64,7%) declarou expectativa pessimista para um crescimento das vendas durante a data. Segundo esses empreendedores, as vendas serão menores ou no máximo iguais as do ano passado. Apenas 35,3% declaram que aguardam vendas maiores do que em 2015. Na média, a expectativa é de queda de 2,40% nas vendas. O levantamento foi feito com 397 empresas de 11 segmentos distintos.

Dentre os segmentos mais pessimistas em relação às vendas estão: Material Esportivo (-10,61%); Relojoaria/Joalheria/Ótica (-5,84%); Perfumarias (-5,67%); Eletroeletrônicos (-5,00%); Vestuário (-2,68%); Lojas de Artigo para Presentes (-2,14%) e Livrarias (-0,23%). Já os segmentos que esperam crescimento nas vendas são: Chocolatarias (2,33%); Restaurantes (1,92%); Calçados e Acessórios (1,33%); e Lojas de Departamento (0,29%).

O presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana, explica que a instabilidade econômica do País e o resultado das últimas datas comemorativas, como o Dia das Mães e o Dia dos Namorados, que foram fracos, formam a razão desse cenário de cautela. “Quando analisamos a expectativa negativa podemos concluir que a mesma cresceu. Nesse ano de 2016 foi medida em 40,81%, e em 2015 havia sido de 40,36%”, ressalta Adelmir. Apesar dos números, ele destaca que os estabelecimentos preparam promoções. “As datas comemorativas representam um estímulo para o comércio, sendo que o Dia dos Pais é geralmente o quarto melhor período de vendas”, completa.

Na busca pelos consumidores, 81,4% confirmam que utilizarão estratégias específicas de vendas para o Dia dos Pais. Nesse universo, promoções/descontos e visibilidade da loja concentrarão aproximadamente 75,5% das estratégias que devem ser adotadas para alavancar as vendas pelos lojistas. Com a baixa expectativa de aumento nas vendas, apenas 12,3% dos entrevistados declararam que devem ampliar seus estoques. Quando questionados sobre a intenção de contratação temporária para o Dia dos Pais, foi registrado redução, onde apenas 3,3% das empresas entrevistadas declararam que irão realizar contratações temporárias. Quanto às formas de pagamento, os empresários acreditam que o pagamento à vista com dinheiro deve ser o mais utilizado (56,8%); seguido pelo cartão de crédito/débito (33,5%); crediário/carnê (5,8%) e cartão da loja (3,9%).

O preço médio do presente para o Dia dos Pais foi estimado pelos lojistas em      R$ 98,74 – valor menor do que o registrado no ano anterior quando foi estimado em R$ 100,18. Foram pesquisados os segmentos de: Relojoaria/Joalheria/Ótica; Material Esportivo; Lojas de Artigo para Presentes; Eletroeletrônicos; Livraria; Perfumaria; Calçados e Acessórios; Vestuário; Chocolataria; Lojas de Departamento e Restaurantes.  

Consumidor

A maioria dos consumidores brasilienses não está disposta a comprar presentes para comemorar o Dia dos Pais. É o que mostra a pesquisa realizada pelo Instituto Fecomércio. O levantamento ouviu 402 pessoas entre os dias 20 a 22 de junho de 2016. De acordo com o estudo, 47,3% dos entrevistados não têm a intenção de presentear o pai, 43,3% pretendem comprar presentes e 9,5% ainda não sabem se gastarão com presentes.

Os produtos mais citados por aqueles que pretendem presentear no Dia dos Pais são: vestuário/acessório (36,9%); cosméticos/perfume (25%); calçados (21%), chocolates (11,9%); material esportivo (11,4%) e livros/artigos de papelaria (9,7%). Apenas 40,3% dos entrevistados confirmaram intenção de comemorar o dia dos pais. Quanto ao local escolhido para comemoração, a casa dos pais foi à opção mais votada (43,6%); seguida pela própria residência (25,2%) e restaurantes (16,6%).

O preço médio do presente ficará em aproximadamente R$ 370,00 (R$ 208,15 para presente / R$ 160,75 para comemorações). A maioria pretende pagar com dinheiro (51,2%), seguido pelo cartão de crédito (28,4%) e cartão de débito (19,1%).  Atendimento e preço são os atrativos de maior poder sobre os consumidores.