Central Judicial do Idoso registra 118 casos de violência no DF em 2019

A Central Judicial do Idoso (CJI) registrou só nos primeiros cinco meses deste ano 118 casos de violência contra a pessa idosa. No ano passado, foram registrados ao todo 246 casos. A central é um projeto do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) e da Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF).

Os principais tipos de violência praticados contra os idosos atendidos pela central foram psicológica, com 31 registros; negligência, com 29 denúncias; e financeira, que totalizou 26 ocorrências. Agressões físicas foram identificadas em 17 registros, abandono em 14 e a autonegligência em um.

A violência contra pessoas na terceira idade é definida pelo Estatuto do Idoso como qualquer ação ou omissão praticada em local público ou privado que cause morte, dano ou sofrimento físico ou psicológico.

Na próxima terça, a CJI irá lançar uma cartilha com informações sobre direitos dos idosos, tipos de violência, cuidados importantes, além de contatos da rede de proteção. O atendimento na CJI ocorre entre 12h e 18h, no 4º andar do Bloco B do Fórum de Brasília.

Entenda os tipos de violência cometidos contra idosos:

Negligência – recusa ou omissão de cuidados devidos e necessários a pessoas idosas por parte de responsáveis familiares ou institucionais;
Autonegligência – conduta da pessoa idosa que ameaça a própria saúde ou segurança pela recusa de prover os cuidados necessários a si mesma;
Violência física, abuso físico ou maus-tratos físicos – uso da força física para compelir pessoas idosas a fazer o que não desejam, para feri-las, provocar-lhes dor, incapacidade ou morte;
Violência psicológica, abuso psicológico ou maus-tratos psicológico – agressões verbais ou gestuais com o objetivo de aterrorizar pessoas idosas, humilhá-las, restringir sua liberdade ou isolá-las do convívio social;
Abuso sexual e violência sexual – ato ou o jogo sexual de caráter homo ou hererorrelacional, utilizando pessoas idosas, que visam obter excitação, relação sexual ou práticas eróticas por meio de aliciamento, violência física ou ameaças;
Abandono – ausência ou deserção dos responsáveis governamentais, institucionais ou familiares de prestarem socorro a uma pessoa idosa que necessite de proteção.