Brasil assina acordo para se associar à Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear

Brasil será o terceiro país não europeu a fazer parte desse restrito grupo

O Brasil assinou, nesta quinta-feira (3), um acordo para tornar-se membro associado da Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (CERN), um dos maiores laboratórios de pesquisa em física de altas energias e física de partículas do mundo.

O instrumento foi firmado pelo Governo Federal, em Genebra, pelo Ministro de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovações, astronauta Marcos Pontes, e pela Diretora da CERN, Fabiola Gianotti, em cerimônia que contou com a participação do Representante Permanente do Brasil junto às Nações Unidas em Genebra, Embaixador Tovar da Silva Nunes.

Uma vez ratificado o acordo pelo Congresso Nacional, o Brasil será o terceiro país não europeu a fazer parte desse restrito grupo de produtores de ciência e tecnologia de fronteira. 23 países-membros e 7 associados integram atualmente a CERN.

A associação representa reconhecimento da excelência da ciência brasileira. O novo status do Brasil permitirá a pesquisadores e empresas do País acesso ao “Grande Colisor de Hádrons de Alta Luminosidade” (LHC) e a outras áreas da CERN, incluindo participação em mercado de licitações da ordem de USD 500 milhões anuais. A associação facilitará, ainda, o desenvolvimento de tecnologias aplicadas em novos materiais, indústria 4.0, setor aeroespacial, isótopos de saúde, entre outros. Contribuirá, assim, para o desenvolvimento econômico por meio da inovação tecnológica, que promove incrementos de produtividade, bem como para a criação de novos mercados e de empregos altamente qualificados.

A associação do Brasil à CERN resultou de estreita coordenação entre o Ministério das Relações Exteriores e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), com o apoio da academia, em particular da Sociedade Brasileira de Física, da unidade de pesquisa subordinada ao MCTI, o Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF/MCTI) e da organização social supervisionada pelo MCTI, o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM/MCTI), além do meio empresarial brasileiro.(Com informações Itamaraty)