Bela, mas inviável

Cúpulas da Torre Digital seguem sem licitação por causa da incidência do sol

Os cinco mil turistas que visitam a Torre Digital de Brasília por mês continuarão a sofrer com os transtornos de longas filas e falta de estrutura. Responsável por gerenciar o mais novo monumento de Brasília, a Terracap não vê soluções a curto prazo para sanar os problemas identificados na bela, mas inviável Flor do Cerrado.

Encampado com entusiasmo pelo governo do Distrito Federal, o projeto de Oscar Niemeyer, orçado em R$ 89 milhões, apresenta um gargalo difícil de ser sanado pelo governo. Os três elevadores limitados a transportar 12 pessoas por vez e os dois dias de funcionamento ? só aos finais de semana ? provocam transtornos a quem deseja subir o monumento.

A proposta de diluir o número de frequentadores durante a semana ? principalmente durante as férias ? está descartada porque, segundo o gerente da Torre, o engenheiro Renato Castelo, não há pessoal para acompanhar os turistas no acesso aos 170 metros de concreto armado.

Além disso, as cúpulas de vidro fumê previstas para receber exposições e lanchonete nem sequer foram licitadas porque a Terracap identificou a incidência constante do sol, que poderia prejudicar as obras de arte e ainda tornar ?desconfortante? a permanência de pessoas no local. O órgão justifica que a licitação das cúpulas, sem encontrar uma solução para cobrir a luz do sol, não ofereceria ?conforto? aos turistas.