Após tomar ‘olé’ no aeroporto, Anvisa faz vergonha e acaba jogo

Anvisa não explica por que não impediu o ingresso dos atletas no aeroporto

Funcionários da agência reguladora de vigilância sanitária (Anvisa) protagonizaram um espetáculo deprimente, envergonhando o Brasil, ao interromperem neste domingo (5) o jogo entre a Seleção Brasileira e a Seleção da Argentina, no Itaquerão, válido pelas eliminatórias da Copa do Mundo.

E tudo porque a própria Anvisa foi incapaz de impedir o acesso ao país, no aeroporto, de quatro jogadores residentes no Reino Unido que estariam sujeitos à obrigatoriedade de quarentena de 14 dias: o goleiro Emiliano Martínez, o atacante Buendía, o zagueiro Cristian Romero e o meio-campista Lo Celso.

Os burocratas da Anvisa interromperam o jogo alegando que os atletas deveriam seguir direto para o aeroporto, deportados, e viajar de volta para o país onde residem. A Anvisa alega que eles teriam prestado informações sanitárias supostamente falsas.

O presidente em exercício da CBF, Ednaldo Rodrigues, afirmou que a Anvisa extrapolou das suas atribuições.

O diretor geral da Anvisa, Antonio Barra Torres, defendeu a atuação dos seus fiscais e não explicou por que a agência reguladora não fez o seu trabalho no aeroporto, impedindo o ingresso dos jogadores e impondo medidas sanitárias.

Torres não explicou por que a Anvisa não agiu na sexta (3), após a chegada da seleção argentina, e no dia seguinte. Ele afirmou apenas haver notificado a Polícia Federal tardiamente, neste domingo, quando os jogadores já haviam deixado o hotel em direção ao Itaquerão e tampouco expliucou pporque as medidas nao foram adotadas antes do início da partida.

Os burocratas da Anvisa resolveram agir quando o jogo já havia iniciado, com transmissão ao vivo para todo o mundo. Se eles queriam aparecer, conseguiram. Mas bem que poderiam ter usado uma melancia no pescoço.