Defesa de médico acusado de violar pacientes em Alagoas pedirá habeas corpus

Advogado diz que estuda fatos relacionado aos abusos sexuais denunciados ao MP

Advogados que atuam na defesa de Adriano Antônio da Silva Pedrosa detalharam na tarde desta quarta-feira (3), durante entrevista à imprensa, a situação do médico, preso sob acusação de praticar crime de violação sexual mediante fraude de algumas de suas pacientes pobres de uma comunidade de Passo de Camaragibe.

De acordo com o advogado Raimundo Palmeira, o caso segue em segredo de justiça e as supostas vítimas ainda não oficializaram denúncia no Conselho Regional de Medicina de Alagoas (Cremal).  Ele também disse que ainda não foi pedido o relaxamento da prisão do médico. A reportagem é de Greyce Bernardino e Regina Carvalho, do site Gazetaweb.

“Ainda não foi feito pedido porque estamos estudando os fatos. Vamos entrar com um habeas corpus até amanhã”, projetou Palmeira.

À imprensa, Raimundo destacou que o médico Adriano nega o crime. “Nosso cliente se diz inocente. Ele também assegurou que não lembra das vítimas devido a grande quantidade de pacientes que atende diariamente. Sabe-se que alguns procedimentos médicos exigem o contato do médico com o paciente”, explica.

Adriano Antônio atua como médico há duas décadas, sendo grande parte desse período no município de Passo de Camaragibe, no Litoral Norte de Alagoas. Após a prisão, na última sexta-feira (29), o Cremal anunciou a instauração de sindicância. Se houver indício de infração, a entidade abre processo contra o profissional que será julgado e decidida punição, que pode ir de uma advertência à cassação.

“Ele está lá (cela especial) não por privilégio e, sim, devido a uma prerrogativa devido a profissão. Nosso cliente tem vinte anos de profissão e há 15 atende em Passo de Camaragibe. É bom frisar também que, nesses anos, Adriano nunca respondeu a nenhum processo administrativo”, destacou a advogada Sandra Gomes.

O médico foi autuado na Delegacia Regional de Matriz do Camaragibe e teve a prisão preventiva decretada pela Justiça. Segundo informação do Ministério Público Estadual (MP/AL), Adriano Antônio molestava as pacientes sob o pretexto de investigar se elas estavam ou não com alguma doença nos órgãos genitais. A má conduta do médico teria sido relatada por três mulheres que o denunciaram. (Gazetaweb)