Crimes fiscais sangraram R$ 35 milhões dos cofres de Alagoas
MP de Alagoas desarticulou organização criminosa que atuava no ramo de alimentos, e apreendeu sete carros
O Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL) deflagrou nesta terça-feira (25) a Operação Evanesco, para desarticular uma organização criminosa que sangrou R$ 35 milhões dos cofres estaduais por meio de crimes fiscais, através de empresas do ramo de alimentos que sonegavam ICMS. A operação acontece na capital Maceió e nos municípios de Pilar, São José da Laje e Taquarana,
Por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal e Lavagem de Bens (Gaesf), o MPAL cumpre dez mandados de busca e apreensão, expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital; oito contra pessoas físicas e dois contra empresas.
Foram apreendidos sete carros, entre modelos de luxo, esportivos e utilitários, como uma Land Rover Discovery, um Corolla, uma Range Rover, um Tucson, duas Hilux e um Tucson. Além de um trator, um quadriciclo, duas motocicletas. E ainda folhas de cheque, de computadores, diversos celulares e equipamentos eletrônicos que serão periciados em busca de provas.
O objetivo é impedir a continuidade de crimes de sonegação fiscal, lavagem de bens e falsidades. E o promotor Anderson Cláudio relata que a investigação comprovou a participação de todos os alvos, na organização criminosa que tem lesado os cofres públicos e penalizado o cidadão que é um contribuinte honesto.
“Essa prática tem causado prejuízos imensuráveis ao Estado, porque reduz a arrecadação de impostos. Não é justo que as empresas deixem de pagar o ICMS quando o consumidor em qualquer produto, paga por seu valor que já vem incluso”, disse Anderson Cláudio, que coordenou a operação do Gasesf com a promotora Marília Cerqueira.
A Operação Evanesco faz referência a um feitiço do desaparecimento usado por bruxos para fazer algum objeto desaparecer completamente.
Gaesf já fechou 400 empresas por fraudes
O Gaesf atua conjuntamente com a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), as polícias Civil e Militar e a Procuradoria-Geral do Estado. Em Alagoas, o Gaesf já identificou várias organizações criminosas e prendeu dezenas de fraudadores, entre empresários, contadores, advogados, auditores-fiscais envolvidos em esquemas de sonegação de tributos e já conseguiu fechar 400 empresas fraudulentas em Alagoas.