Alagoas lidera ranking de famílias que passam fome no Brasil

Nível de insegurança alimentar grave atinge 36,5% das famílias no estado, conforme pesquisa da PENSSAN

Governado por Renan Filho (MDB) desde janeiro de 2015 até abril deste ano de 2022, Alagoas é o estado em que os casos de insegurança alimentar grave são mais frequentes, com 36,7% das famílias enfrentando algum nível de falta de alimentos e passando fome. Os dados são de um estudo da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar (PENSSAN), divulgado nesta quarta-feira (14).

Em segundo lugar nesta realidade cruel está o Amapá, com 32% dos domicílios nessa situação. Na sequência, estão Pará e Sergipe, ambos com 30% da população atingida.

No Brasil, três em cada dez famílias têm insegurança alimentar. A maior proporção de famílias nessa situação está nas regiões Norte e Nordeste do país.

Apesar de proporcionalmente atingir mais estas localidades, a maior concentração de pessoas que passam fome em números absolutos está no Sudeste, região mais populosa do país.

Os dados são puxados principalmente por São Paulo, com 6,8 milhões de pessoas nessa situação, e pelo Rio de Janeiro, com 2,7 milhões.

Os pesquisadores foram de casa em casa, de novembro do ano passado a abril deste ano. Eles visitaram 12.745 domicílios em 577 cidades, em todos os estados do país e no Distrito Federal.

Além do grande número de atingidos pela fome, eles constataram que o problema se agravou após a pandemia, com queda na renda das famílias e aumento do custo de vida.

O conceito de insegurança alimentar foi dividido pelo estudo em três níveis:

  • Leve: quando há preocupação ou incerteza se vai conseguir alimentos no futuro;
  • Moderada: quando há uma redução concreta da quantidade de alimentos e o padrão saudável de alimentação é rompido por falta de comida;
  • Grave: quando a família sente fome e não come por falta de dinheiro.

Considerando o recorte nacional, a insegurança alimentar grave atinge 15,5 das famílias, enquanto a insegurança alimentar moderada afeta 15,2%. (Com informações do G1 e Gazetaweb)